On Junho 23, 2016 Por Maria João Marquesem Insurgentes nos media, Política, Portugal, PS, Socialismo
O meu texto de ontem no Observador.
‘Nos tempos de Sócrates passei algum do meu tempo a clamar – não propriamente no deserto, mas nos blogues – que a pior herança do socratismo não seria o descalabro financeiro. Mesmo depois da bancarrota de 2011, mantenho que pior que a crise com que o desvario socialista nos presenteou foi a degradação moral da nossa democracia (que já era moralmente pericl*tante) trazida pelo PS de Sócrates.
O ataque cerrado, agressivo e concertado às pessoas ruins e aleivosas que tinham a ousadia de quebrar a imagem idílica que o PS queria transmitir do país. A falta de educação ostensiva do primeiro-ministro na Assembleia da República para os representantes dos eleitores dos outros partidos. O à vontade público com que organismos públicos cortavam publicidade em órgãos de comunicação social desafetos ou boicotavam a estação televisiva mais vista pela maioria dos cidadãos. A forma como a CGD emprestava dinheiro a empresários amigos para adquirem ações de empresas para, de seguida, receberem de volta o favor de estes votarem para o BCP uma administração com os escolhidos do governo. Os comentários execráveis de Augusto Santos Silva, em flagrante competição com o inquisitorial Louçã, que se tornaram na normalidade de ser ministro sob Sócrates. Isto, claro, sem atender aos caminhos socráticos, ainda mais sinuosos, que se conheceram no fim ou depois da era Sócrates.
Posto isto, quando a improvável Canavilhas aventou o despedimento da jornalista do Público que teve a ousadia de refutar o agora aliado do governo, o alegado professor Mário Nogueira, só me apeteceu sugerir: ponha a mão no ar quem se espanta com tamanha intimidação de jornalistas. E – ainda mais – quem estranha que a intimidação fosse assim, às escâncaras e sem qualquer vergonha. Esta é a característica mais perturbante do comportamento de Canavilhas: a evidência de como no PS consideram que é seu direito natural mandar calar quem bem entendem. Tanto, que nem sentem necessidade de o fazer num canto escuro e escondido.’
O resto está aqui.
Mais um contributo para a venezuelização da península :
” Ferro Rodrigues, pediu um parecer à Procuradoria Geral da República sobre a comissão de inquérito à Caixa Geral de Depósitos pedida pelo PSD e pelo CDS-PP. “
Junho 23, 2016 às 13:24
Junho 23, 2016 às 14:13
Portugal começa a tresandar a totalitarismo Marxista: Quando não é possível impedir o cumprimento da lei recorre-se às instituições “amigas” para o impedir ou no mínimo como manobra de dilação. Foi e é assim que os Venezuelanos estão a comer cabeças podres de peixe congelado. Aqui a seu tempo (mais breve do que parece) lá chegaremos.
Junho 23, 2016 às 15:22
“O ataque cerrado, agressivo e concertado às pessoas ruins e aleivosas que tinham a ousadia de quebrar a imagem idílica que o PS queria transmitir do país.”
Tenho boa memória sobre esses tempos. Não foram ataques cerrados, mas sim ameaças públicas encapotadas e feitas através da TV, que incluíram considerações sobre pessoas que perceberam quem ele era e quem não era e que segundo as palavras da engenheira criatura acabariam a “rastejar” e na “sarjeta”. E o PS deu-lhe um apoio absolutamente avassalador. Na sarjeta estão agora a La Seda, a CGD, a PT, a Qimonda, a Pescanova e a famosa fábrica de baterias de automóvel que era o topo mundial em tecnologia do tipo. Tudo grandes projetos de enorme sucesso, como já sabemos. A história da humanidade está cheia de grandes personagens do género.
Junho 23, 2016 às 15:30
“Ferro Rodrigues, pediu um parecer à Procuradoria Geral da República sobre a comissão de inquérito à Caixa Geral de Depósitos pedida pelo PSD e pelo CDS-PP.”
Junho 23, 2016 às 15:33
48 horas depois , outro contributo para a Venezuelização da península , ibidem :
« Numa nota distribuída à comunicação social, o presidente da Assembleia da República anunciou esta sexta-feira que retira o parecer pedido ao conselho consultivo da Procuradoria-Geral da República sobre o objecto da Comissão de Inquérito à Caixa Geral de Depósitos. Ferro Rodrigues explica a decisão, com a correcção feita pelo PSD e CDS do texto com o objecto do inquérito parlamentar. »
Junho 24, 2016 às 19:59
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